quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desafio para os pais

Cláudia Trindade e Raphael Sanzio


O quadro depressivo apresentado pelas crianças é mais um desafio para os pais que, algumas vezes, preferem ter a certeza de que o filho sofre desse transtorno, para só depois procurar tratamento médico.

Com 22 anos de casada, a vendedora Elizete Ribeiro soube, há poucos meses, que o marido está com um tumor na garganta. Desde então, a vendedora começou a observar mudanças no comportamento da filha Amanda, de 12 anos. “Ela começo a ter medo de algumas coisas, desânimo e desinteresse com a escola”, conta.

Elizete ainda não levou a filha ao médico e prefere se manter atenta, até ter certeza de que seja necessário iniciar um tratamento. “Vou ficar de olho, se aparecer mais mudanças no comportamento da Amanda, vou levá-la ao psicólogo”, diz.

Há casos em que os pais iniciam o tratamento, mas não dão seqüência, e a depressão volta pior. Após a separação de Ricardo Junqueira, a filha, na época com quatro anos, iniciou um tratamento psicológico. Na época da separação, os pais se preocuparam com o comportamento da criança e decidiram buscar ajuda médica para evitar um quadro mais grave de depressão. “Quando separamos, achei necessário iniciar o tratamento. A Sophia ia ao psicólogo uma vez por semana”, conta.

Passado algum tempo, Sophia, hoje com nove anos, parou de freqüentar as sessões de terapia. Atualmente a menina apresenta sintomas mais sérios de depressão. “Ela não quer estudar, anda muito agressiva, tem auto-estima baixa e vive desanimada em fazer coisas que antes ela gostava muito de fazer”, conta Ricardo.

O tratamento foi interrompido quando o pai percebeu pequenas melhoras na convivência com a filha. “Acredito que ainda não era a hora de parar o tratamento. Agora vejo que ela está mais depressiva do que na época do primeiro diagnóstico”, conclui o pai.

Para a psicóloga Paula Medeiros, os dois casos demonstram atitudes que devem ser evitadas. Paula afirma que a mãe não deve esperar o quadro se agravar para procurar assistência médica. “Só quem pode diagnosticar se a criança está com depressão, é um profissional especializado”, diz. O médico também é o único que pode definir se é ou não o momento certo para o fim da intervenção médica, portanto, os pais não devem interromper o tratamento quando detectam a ausência de alguns sintomas. “Se os pais não iniciarem o tratamento o quanto antes, a recuperação da criança pode ser prejudicada. Encerrar o tratamento antes da hora é perigoso, porque o transtorno pode voltar de maneira mais complicada”, conclui a psicóloga.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Jornalista Multimídia


O jornalista multimidia é uma das mais interessantes invenções midiáticas surgidas nos últimos anos. A ideia soa a fresco, a tecnológico, a moderno.

A ideia de partida é a de um jornalista polivalente, capaz de trabalhar para todos os meios, ou seja, imprensa, televisão, rádio ou Internet.


O jornalista multimídia não é aquele que domina as diversas ferramentas multimídia, não é aquele que apenas trabalha para suportes digitais, mas sim aquele que pensa as diversas mídias

disponíveis , aquele que consegue pensar numa pauta os diversos desdobramentos multimídia que ela possa ter e que saiba que todo o processo de captação da notícia passa ter a marca dessa multimidialidade.

Segundo Sérgio Mattos, mestre e doutor em comunicação pela Universidade do Texas, também Diplomado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, um jornalista multimídia deve ser aquele profissional que está preparado e que entende o funcionamento dos meios de comunicação em todos os seus aspectos: produção, difusão, comercialização e administração. "O profissional multimídia é também aquele que tem uma noção perfeita das demais profissões da área da comunicação social, sabendo exatamente como atuam e pensam, dentro da lógica de mercado de cada um", afirma.



A Web introduziu aos jornalistas uma nova forma de escrever e abriu um novo caminho no mercado de comunicação.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Informação de Qualidade


Um erro considerado gravíssimo no jornalismo é a barriga. Barriga é uma noticia errada, mas isso não acontece no intuito de prejudicar ninguém, apenas é uma corrida atrás do furo jornalístico, ou seja, uma noticia de primeira mão. A última que aconteceu foi sobre o caso de Paula Oliveira, uma brasileira que mora na Suíça e que supostamente havia sofrido uma violência no país.


A última noticia que abalou o Brasil e a Suíça foi publicada pelo Jornal Nacional em primeira mão. Por ser um veículo de grande audiência, logo todos estavam abalados com o grau da violência que a brasileira havia sofrido, uma jovem de 26 anos, grávida de gêmeos e em conseqüência do crime, ficou com marcas pelo corpo e perdeu os bebês. A partir daí, o fato tornou-se noticia principal em vários veículo de comunicação no Brasil e no Mundo.





Em poucos dias versões surpreendentes sobre o fato foram descobertas. Todos ficaram abismados com tantas revelações. Sabendo disso o Jornal Nacional, procurou transmitir todos os detalhes sobre o caso.



Quando acontece uma barriga, o certo á fazer igual o Jornal Nacional, esclarecer todos os detalhes do fato para leitores e telespectadores, mas muitas vezes é tarde, pois o acontecido ganha uma repercussão tão grande que pode prejudicar várias pessoas. Foi o que aconteceu com o caso de Paula Oliveira.



Os meios de comunicação tem por obrigação correr atrás da verdade de todas as noticias que vão ser divulgadas. É um dever no jornalismo.



O caso de Paula Oliveira, faz lembrar de outros brasileiros que sofreram violência em outros países, como por exemplo o Jean Charles de Menezes, 27 anos, morto em Londres, ele foi confundido com um terrorista, e casos de brasileiros que sofrem violência, Henrique Coelho, 25 anos, foi para os Estados Unidos conhecer o país, apenas isso, mas chegando lá foi deportado, segundo ele a falta de respeito e discriminação começa ali. “Imagine os que estão ilegais no país e são descobertos. A receptividade que estrangeiros tem no Brasil esta longe de ser igual a que os brasileiros recebem no estrangeiro” diz.

É triste mas é verdade, brasileiros não recebem o respeito necessário quando estão fora do Brasil. Agora quanto a "barriga" no jornalismo, é necessário tentar evitá-la ao máximo. Ela pode trazer grandes estragos para todos.